Como mudar o seu discurso machista "na sala" te beneficia no quarto
A primeira vez que ouvi a frase “seja uma puta na cama e uma dama na sociedade” eu tinha uns dezenove anos e aquilo permeou os meus pensamentos por muito tempo. Parecia uma frase que me incentivava ser o que eu gostaria na cama, mas também me fez questionar se o que eu faria nela seria avaliado como: puta ou não puta. Sou uma mulher da década de 80, isso significa que tive uma educação baseada em o que é ou não é correto mulheres fazerem na sociedade ou no quarto. Ficar bêbada em público? Vadia. Usar roupas curtas: vadia. Namorar muitos caras: vadia. Falar palavrões: vadia. Tive um namorado durante metade da faculdade que não aceitava que eu o de ‘cara’ porque isso era coisa de puta, não aceitava que eu usasse algo muito justo ou curto quando saíssemos juntos, falar alguma ‘obscenidade’ durante o sexo então, era motivo para uma longa D.R. Naquela época, uma garota que ganhasse a fama de puta ou vadia na cidade, demoraria mais para conseguir casar. E ‘ai’ de uma mulher não estar